Renan Augusto Moraes Conceição & Angela Teberga | Labor Movens | Alba Sud
Com toda a evolução tecnológica dos últimos dez anos, cada dia mais vivemos imersos e conectados tal qual os filmes antigos imaginavam o futuro. Mas, temos mesmo todo o controle sobre essas novas tecnologias ou o sistema capitalista em que vivemos moldará essa revolução tecnológica para aprofundar ainda mais a exploração e as desigualdades?
Crédito: Imagem criada com IA por Renan Conceição.
O Futuro Imaginado
Carros voadores, cidades suspensas, robôs que realizam todo o trabalho pesado, robôs domésticos, tempo para desfrutar de lazer e entretenimento, conversas pelo relógio inteligente, controle do chefe por vídeo, tempo de trabalho reduzido ao mínimo necessário. Criada em 1962, a série de desenho animado Os Jetsons, dos estúdios Hanna Barbera, usou todos os elementos do imaginário de um mundo tecnológico que se passava em 2062, onde os seres humanos poderiam viver uma vida leve e divertida, sem se preocupar muito com trabalho. Na época da criação de Os Jetsons, imaginar um futuro tecnológico que não fosse distópico era a tônica da produção cultural. Até meados dos anos 1990, produções como Perdidos no Espaço, Jonny Quest, Star Wars, Jornada nas Estrelas, De Volta Para o Futuro, Futurama, entre outros, imaginaram um futuro que, analisando prós e contras, mostrava um mundo ainda cheio de possibilidades para o humanos. Do mundo imaginado pelos Jetsons, quase tudo se concretizou, de fato.
O que não parece nem perto de se concretizar, pelo menos não aos moldes das ficções de outrora, é o trabalho da faxineira robô, que ainda hoje é feito por trabalho humano. O Brasil, nesse cenário, é o país com o maior número absoluto de pessoas empregadas no trabalho doméstico, sendo essas majoritariamente do sexo feminino. Um estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) revelou que, ao final de 2022, 5,9% da força de trabalho no Brasil estava empregada no trabalho doméstico, ou seja, quase 6 milhões de pessoas, com 91,4% de participação feminina. Desse total, 67,3% eram mulheres negras. A título de comparação, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresenta que, na América Latina e Caribe, 18 milhões de pessoas estão no trabalho doméstico, sendo 88% delas do sexo feminino. O trabalho doméstico, a nível mundial, é uma das ocupações com os menores salários, sem a necessidade de qualquer qualificação e quase totalmente sem seguridade social, sendo, portanto, abundante em força de trabalho em países da periferia do sistema capitalista.
Dos futuros imaginados ao passado analógico, fato é que a tecnologia sempre existiu no capitalismo e sua tendência histórica é de exponente melhoria para aumento da capacidade produtiva e redução de custos. Em um primeiro momento, a tecnologia era vista como as engrenagens que mantinham em movimento uma linha de produção ao modelo “fordista”, com os trabalhadores atrelados a funções repetitivas, como visto no filme Tempos Modernos. Eram tempos em que a máquina ditava a velocidade do trabalho dos seres humanos. Em um segundo momento, iniciou-se a era da autonomia das máquinas, em que um trabalhador “polivalente” controlava várias máquinas e eliminam-se postos de trabalho, estilo que ficou conhecido como “toyotista”. E se, antes, as máquinas era alvo de temor coletivo e revolta, como ocorreu com o ludismo, um movimento trabalhista na Inglaterra que deu origem aos primeiros movimentos sindicais e grevistas, no início do século XIX, e que tinha como objetivo a destruição de máquinas por trabalhadores insatisfeitos com a mecanização, hoje, as máquinas e robôs encantam uma ampla parcela da sociedade e as empresas que os projetam e os utilizam são reverenciadas, bem como os proprietários dessas empresas.
Atualmente, vivemos um momento difícil de nomear. As máquinas e os robôs estão cada vez mais presentes e em espantosa melhoria. Com a ascensão da inteligência artificial (IA) e das plataformas de aprendizagem de máquina, o futuro mostrado em Os Jetsons nunca esteve tão próximo. A robótica já é avançada a ponto de ser implementada até mesmo em eletrodomésticos. No entanto, essa revolução das máquinas e da robótica apresenta cenários que mais se aproximam de uma distopia apocalíptica, algo que cada vez mais faz parte da imaginação coletiva de nossa época. Basta vermos a produção cultural de agora: Wall-E, Jogos Vorazes, Avatar, Mad Max: Estrada da Fúria, Matrix Resurrections, Ex Machina, Ela, Minority Report, Westworld…a lista é interminável.
Automação e o futuro do trabalho
Com todo esse cenário de revolução tecnológica que se descortinou na última década, as estimativas mais negativas, quase apocalípticas, tendem a mostrar altos índices de probabilidade de automação nas ocupações, sendo essa a principal conclusão de Frey e Osborne (2013), ao analisarem o impacto das novas tecnologias em uma ampla variedade de ocupações e empregos nos Estados Unidos. Os autores demonstram que “salários e nível de escolaridade apresentam uma forte relação negativa com a probabilidade de informatização de uma ocupação” (Frey & Osborne, 2013, p. 1).
Por essa estimativa, telefonistas, cozinheiros, recepcionistas de hotel, garçons, guias de turismo, porteiros, atendentes de restaurante, entre muitos outros, teriam mais de 80% de probabilidade de desaparecimento. Importante salientar que essas estimativas dizem respeito à realidade do norte global, de países em sua maioria “desenvolvidos”, e não consideram as desigualdades globais de acesso à tecnologia e toda a dinâmica de subalternização dos países do sul global.
Crédito: Imagem criada com IA por Angela Teberga.
Por outro lado, outras estimativas são menos drásticas e negativas, como as feitas por Arntz, Gregory e Zierahn (2016), que afirmam que, nos países membros da OCDE, o impacto da automação nas ocupações era de 9% em média, fazendo distinções importantes conforme o país/continente, com esse índice variando de 6 a 12%. Porém, mesmo apresentando baixo índice de impacto nos países de economia desenvolvida, Arntz, Gregory e Zierahn apontam que “no entanto, os trabalhadores menos qualificados provavelmente suportarão o peso dos custos de ajuste, pois a automatibilidade de seus empregos é maior em comparação com os trabalhadores altamente qualificados. Portanto, o provável desafio para o futuro reside em lidar com o aumento da desigualdade e garantir treinamento suficiente (re) para os trabalhadores menos qualificados” (2016, p. 4).
Com o advento da IA+robótica e toda a dinâmica complexa que essa combinação insere na sociedade e nas formas de sociabilidade, bem como no turismo, conforme apontou Sergio Yanes, em recente artigo publicado pela Alba Sud, também se vislumbra a extinção de alguns postos de trabalho, especialmente ligados às tarefas de rotina (físicas ou cognitivas), como realização de diagnósticos, elaboração de textos, transações financeiras, etc. Economicamente, a extinção de postos de trabalho gera impacto positivo para as empresas, que cada vez mais buscam por cortes de custos, e automação já bem desenvolvida e estabelecida é vista com bons olhos.
Mesmo as tecnologias ainda em desenvolvimento e de alto custo são vistas como positivas para as empresas. O que fica evidente é que a perspectiva positiva por parte das empresas que automatizam suas operações exige, em contrapartida, a dispensa de trabalhadores e uma série de novos desafios do ponto de vista das políticas públicas e para o Estado, que deve responder rapidamente à crescente falta de postos de trabalho para essa massa de trabalhadores desalentada. Um aspecto importante que deve ser ressaltado é que a automação e robotização, além de gerar desemprego devido à substituição de trabalhadores, não necessariamente impacta positivamente na qualificação dos trabalhadores que se mantêm empregados, conforme demonstrou Naville (2016).
Tecnologia e trabalho no turismo
Cañada já demonstrou, em 2018, que a tecnologia, ao contrário de substituir o trabalho humano ou eventualmente reduzir a intensidade do trabalho, contribui para a sua intensificação, além de produzir novos tipos de desgaste físico e mental para os trabalhadores. Em especial, Cañada (2018) escreve sobre as camareiras e as novas formas de controle de trabalho que a tecnologia permite, como por exemplo os sensores de movimento para controle da presença dessas trabalhadoras nos andares e nos apartamentos.
Crédito: Imagem criada com IA por Angela Teberga.
No trabalho em turismo, mesmo frente à pressão por automação e mesmo controle tecnológico dos trabalhadores, há um fator humano importante, que torna o trabalho em turismo diferenciado dos demais. Não é sem razão que as primeiras tentativas de robotizar o atendimento de recepção de hotel tenham falhado, como ocorreu no Hotel Henn na Hotel, no Japão, em 2015. Era ainda o começo de uma experimentação tecnológica e, naquela época, ainda não havia a IA tão bem desenvolvida. Há, ainda assim, hotéis que são inteiramente automatizados e robotizados, como o FlyZoo Hotel, em Hangzhou, na China, que aposta justamente nesse aspecto como diferenciador do seu serviço.
Com essas novas possibilidades de expansão dos negócios, as indústrias de robótica e automatização buscam convencer o setor hoteleiro e outros ramos dos serviços sobre o impacto positivo do investimento nessas tecnologias. A Jingwu Robotics, baseada em Shanghai, desenvolveu e tem fornecido robôs de atendimento para a hotelaria, tendo como clientes grandes redes internacionais como Marriott, Hilton e IHG. Entre os argumentos utilizados para demonstrar os benefícios que a robotização do serviço traz para a hotelaria, a Jingwu Robotics elenca os seguintes elementos: a) dificuldades e custos do recrutamento de funcionários; b) demanda crescente de serviços; c) alta repetibilidade do trabalho e baixa eficiência dos seres humanos; d) agilidade e rapidez dos robôs frente ao trabalhador humano.
O que se evidencia é que a indústria de tecnologia relaciona o trabalhador humano a somente custos e baixa eficiência, um discurso popular entre empresas do setor do turismo, que vem enfrentando dificuldades em preencher os postos de trabalho nos últimos anos. Nesse contexto, não é sem sentido que em alguns mercados de trabalho no turismo ocorre algo que, na Espanha, é chamado de grande renúncia e, no Brasil, de apagão de mão-de-obra, uma rejeição dos trabalhadores aos empregos oferecidos pelas empresas do turismo devido aos salários baixos, jornadas de trabalho extensas e esgotantes e outros problemas como custo de vida elevado em cidades turísticas. Ou seja, antes de melhorar e oferecer emprego de qualidade, empresas de tecnologia e de turismo investem em substituir o trabalhador humano, pois esse é, no seu entendimento, custoso e não se satisfaz com o emprego oferecido, mesmo que precisem gastar ainda mais com a adoção de trabalho automatizado e a manutenção posterior dessa tecnologia, o que parece ser um total contrassenso.
Então, o trabalho humano no turismo vai acabar?
Tendo toda a discussão sobre a automação aplicada ao trabalho, e mais especificamente ao trabalho em turismo, é possível traçar algumas considerações. E, dos futuros imaginados por obras como Os Jetsons ou Mad Max, o que se antecipa, hoje, é um híbrido desses cenários fictícios. O sociólogo brasileiro Ricardo Antunes, em entrevista para Nogueira e Silva (2015, p. 780), afirmou que “[...] o proletariado não morreu, não morreu nem na Europa e muito menos na Ásia e na América Latina. [...] a tese do fim da classe operária é muito eurocêntrica! Não adianta você olhar a França e querer explicar o mundo pela França. [...]”. Assim, mesmo que as experiências de automação ao redor do mundo sejam ambíguas e muitas vezes contraditórias, Antunes diz que o “nosso problema é compreender o novo desenho da classe trabalhadora, a nova morfologia do trabalho, e nós temos que entender a classe-que-vive-do-trabalho hoje” (Nogueira & Silva, 2015, p. 778). O uso das tecnologias, a automação, a inteligência artificial, a robotização, são elementos que impactam e transformam a classe trabalhadora, sendo essas transformações os pontos principais de análise.
Crédito: Imagem criada com IA por Angela Teberga.
Assim, é possível dar atenção ao questionamento: o trabalho humano no turismo vai acabar? Podemos, com certo grau de segurança, afirmar que não, especialmente no setor do turismo, que é altamente dependente dos componentes subjetivos dos trabalhadores. Desse modo, percebemos que os fatores que dificultam a mecanização em determinados setores produtivos, como o turismo, são:
1 - Força de trabalho barata e produtiva - A economia burguesa é hostil à mecanização de setores, como o de serviços, que historicamente oferecem força de trabalho barata, produtiva e abundante. Assim, o trabalhador humano para o setor de serviços e turismo apresenta, relativamente, custos baixos do ponto de vista da gestão. No Brasil, cargos ligados à limpeza e governança, altamente subalternizados e feminilizados, apresentam média salarial de 1 salário mínimo, enquanto outras formações relativas ao turismo variam de 2 a 3 salários mínimos. Junto dos baixos salários, está também a alta produtividade do ser humano, que pode ter sua jornada estendida e intensificada ao máximo quanto possível. Curiosamente, quando os idealizadores do sistema toyotista foram consultados sobre a entrada da automação na indústria japonesa, responderam que ela deveria ser a última opção naquele momento, já que “o que interessa é o fato de que a produtividade de uma máquina é estática, enquanto que a capacidade de criatividade – e, portanto, de produtividade – de um ser humano é infinita” (Pinto, 2013, p. 77). Para ilustrar metaforicamente a citação do autor, recordamos de um vídeo de um robô criado pela Agility Robotics que, recentemente, ganhou as mídias: após “trabalhar” por mais de 20 horas seguidas, teria “desmaiado” de exaustão.
2 - Subjetivação do trabalho - A subjetividade humana necessária ao trabalho de atendimento a turistas e viajantes não é, ainda, reproduzida por robôs e máquinas. Desse modo, avaliações subjetivas do que é bem receber alguém, do que é limpeza, organização, empatia, são características humanas que variam de acordo com o contexto, com a situação, com a época. No entanto, essas qualidades humanas não são remuneradas da mesma forma que outras habilidades relativas à tecnologia, como engenharia, análise de dados, gerência de processos etc. Mesmo os robôs mais avançados não conseguem interpretar subjetivamente as situações e cenários em que estão inseridos.
3 - Tecnologia cara - A robotização de determinadas funções é ainda uma tecnologia cara e com pouca expectativa de massificação. Em verdade, os níveis previstos de automação de ocupações são superestimados porque negligenciam a dificuldade da introdução e massificação da tecnologia. Máquina de limpeza automatizada em hotéis para executar tarefas como virar colchões, retirar cortinas para lavar, trocar lençol da cama, entre outras funções práticas e que envolvem um olhar subjetivo sobre o que é limpeza e organização são raríssimas, pois precisam executar muitas funções ao mesmo tempo, diferentemente do check in na recepção do hotel, que precisa apenas coletar algumas informações pessoais do hóspede e emitir a chave do quarto. Exemplos de implantação de robotização, com destaque à hotelaria de países asiáticos, são extremamente pontuais pois as inovações tecnológicas são distribuídas desigual e combinadamente entre os países do globo, com impactos diferenciados de acordo com raça e gênero. Hirata (2002, p. 226) destaca, por exemplo, que as mulheres não têm acesso à alta tecnologia porque as empresas “não têm motivo para mudar a divisão sexual do trabalho nos ramos tradicionalmente masculinos”.
4 - Baixa produtividade econômica - o setor de serviços é, de acordo com Benanav (2021), um setor com atividades de crescimento lento comparado a outros setores da economia. Além disso, as atividades de serviço apresentam baixa produtividade, uma vez que não se constituem em produtoras de um bem ou produto físico, com maior valor agregado. Assim, o avanço da automação e robotização nas atividades do setor de serviços tendem a sofrer menos pressão por serem substituídas, uma vez que não se apresentam como grandes geradoras de valor. Há que se destacar, também, o que apontou Benanav (2021) sobre o real problema no que se refere à criação de empregos e qualidade dos empregos existentes: não é a robotização e automação que estão destruindo os empregos - embora ocorra, de fato, uma substituição do trabalho humano pelo da máquina - mas sim a desaceleração do crescimento econômico e da produtividade do trabalho a nível mundial, agravadas com a pandemia de Covid-19, gerando inúmeras crises econômicas.
Considerações Finais
A tecnologia, em alguns setores da área de serviços, como o turismo, sempre foi vista contraditoriamente tanto como oportunidade e como ameaça. Lembramos aqui dos debates e preocupações logo nos primeiros anos do século XXI sobre a possibilidade da internet fazer extinguir o trabalho das agências de viagens, a título de exemplo. Ao mesmo tempo, a tecnologia, seja ela de informação e comunicação ou outros tipos de tecnologias, quase sempre é rapidamente incorporada e utilizada por serviços como a hotelaria.
Por ocasião da pandemia da COVID-19 e o salto no uso das novas tecnologias, principalmente no que se refere a formas de trabalho e prestação de serviços à distância, o debate em tecnologia parece exaltar que a IA contribuiria para a retomada segura do turismo. No entanto, o que estamos vendo é o uso cada vez mais extensivo das ferramentas tecnológicas para a manutenção da precarização do trabalho e um setor com empregos de baixa qualidade, gerando a já apontada grande renúncia. Isso deixa evidente que o objetivo estratégico da automação sempre é o controle dos processos de trabalho, conforme afirma Festi (2020), um tema já debatido com propriedade por Braverman (1987).
Tendo em vista a incipiência desse desenvolvimento tecnológico aliado à inteligência artificial, chamamos a atenção para que não se deixe o grande capital se apropriar livremente do controle desse processo. Sabemos que a tecnologia é, atualmente, controlada por grandes corporações e capitais estadunidenses. Porém, à classe trabalhadora, aos intelectuais, aos pesquisadores e demais organizações, cabe a necessidade de realizar o enfrentamento e o tensionamento desde já dessa temática, conforme apresenta Hamilton Nolan, em artigo publicado na revista Jacobin Brasil. Nolan afirma que é preciso fazer esse enfrentamento e se apropriar da temática justamente para não caracterizar os trabalhadores como anti tecnológicos e analógicos. Afinal, a tecnologia e a robotização devem ser comandadas por interesses humanos, não do capital.
Assim é que, junto a esse enfrentamento do tema pela classe trabalhadora, é necessário que também o Estado atue para mitigar os problemas advindos da crescente substituição de trabalhadores humanos por robôs. É preciso que se vença o pensamento neoliberal e, se não existem ainda condições para uma derrubada total do sistema capitalista, que o Estado volte a se dirigir ao bem estar social, não deixando os trabalhadores desamparados nesse novo momento.
Referências
Arntz, M., Gregory, T., & Zierahn, U. (2016). The risk of automation for jobs in OECD countries: A comparative analysis. Paris: OECD Publ.
Benanav, A. (2021). La automatización y el futuro del trabajo. Madrid: Traficantes de Sueños.
Braverman, H. (1987). Trabalho e capital monopolista. Rio de Janeiro: Guanabara.
Cañada, E. (2018) ¿Qué efectos pueden tener los cambios tecnológicos sobre el trabajo de las camareras de piso? Alba Sud, 03/09/2018.
Festi, R. (2020). Contribuições críticas da sociologia do trabalho sobre a automação. In: Antunes, R. (org.). Uberização, trabalho digital e Indústria 4.0 (pp.149-158). São Paulo: Boitempo.
Frey, C. B. & Osborne, M. A. (2013). The future of employment: How susceptible are jobs to computerisation? Technological Forecasting and Social Change, 114, 254–280.
Hirata, H. (2002). Nova divisão sexual do trabalho? Um olhar voltado para a empresa e a sociedade. Tradução: Wanda Caldeira Brant. São Paulo: Boitempo.
Naville, P. (2016). Vers l’automatisme social? machines, informatique, autonomie et liberté. Prefácio de Pierre Cours-Saliers. Paris: Éditions Syllpese.
Nogueira, C. M., & Silva, M. L. D. O. (2015). Adeus ao trabalho? Vinte anos depois... Entrevista com Ricardo Antunes. Serviço Social & Sociedade, 773-799.
Pinto, G. A. (2013). A organização do trabalho no século XX: taylorismo, fordismo e toyotismo. São Paulo: Expressão Popular.
Comments